Sentimentos Paralelos


Por: Ronald Mignone e Ludmila Clio

Ainda que eu de novo me doe
A dor que me rasga não sai
Teima em não deixar-me
Serei eu prisioneiro da dor?
Até quando ficarei aqui,
Refém de tempos frustrados?

Agora inebriado pela falta,
Perdido em meio a tantos pedaços,
Inteiro é o vácuo, enorme no peito
Fico daqui, olhando fixo, para o nada
Alheio a ofertas frívolas…

E entram dias, caem noites
Há sóis, há chuvas e às vezes, estrelas
O relógio dá mil voltas,
Eu não me movo
A dor não passa
Ainda que eu de novo me doe
E de novo, e de novo…
A solidão me é companhia fiel

Adoeço por ser tão exigente.

Comentários

Ronald Mignone disse…
Agradeçamos por sermos tão exigentes.
;-)
Leca disse…
Bravo!!!