As belas também choram

(Artigo publicado por mim na page do Copo de Letras dia 22.10.13)


Ela é linda. Eu diria perfeita.

Dona de um corpo escultural, de um sorriso indefectível. Quando ela passa, não tem quem não a olhe, seja homem _a cobiçando_, seja mulher _a invejando.

Hoje Grazi Massafera é um dos nomes mais pronunciados nas redes sociais. Não pela sua beleza, que chega a ser ofensiva, mas porque foi trocada pelo seu marido, por outra bela...

Dizem as redes sociais que Grazi deletou todas as suas fotos com seu (agora ex) marido, Cauã, coisa que todas nós _reles mortais_ um dia já fizemos. Dizem também que ela refugiou-se em sua terra natal, em busca do apoio familiar. Quem nunca?!

Se eu tenho alguma credencial para falar de beleza, arrisco dizer que ninguém está imune à dor. Sempre achei de uma superficialidade e frieza sem fim ouvir de tantas pessoas: "mas você é tão linda, não merece sofrer assim..."

Oi?!

Porventura sofrimento é exclusividade de gente não-linda?! Como se beleza fosse condição para não sofrer. Aliás, essa cobrança social de que as belas têm [que ter] vida de princesa é realmente fantasiosa e sem saber, agressiva.

Bom, não eu, mas que a Grazi seja o exemplo do que estou falando. Não adianta malhar o corpitcho se o cérebro continua flácido. Cumplicidade e relacionamento têm muito mais a ver com caráter que com chaves de belas pernas.

Lamento pela Grazi, sempre a vi ao lado de Cauã como o casal perfeito. Eles eram lindos juntos. No entanto, um deles não mereceu a devoção do outro. Não teve corpo, sorriso, curva, perfeição, sequer uma filha para mantê-los juntos.

Confesso que me é muitíssimo difícil imaginá-la de rosto inchado, no colo de sua mãe chorando a traição de seu esposo, mas no fundo eu sei que isso é possível sim, e como é! Ela é belíssima, perfeita, maravilhosa.

Mas é humana.

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