Maldito Costume


Não foi pela vizinha,
nem foi pelo porteiro
Não foi o frio,
não foi o desemprego
Não foi o tempo,
tampouco desespero
Foi o costume,
maldito costume
que apagou o brilho,
que abriu a porta para o tédio
Que permitiu pequenos desrespeitos
Que silenciosamente
fez pouco caso do carinho,
desprezou o amor
E assim se desfez o encanto,
se quebrou a promessa
Difícil acreditar
que onde jazem dois corações
já houve tanta festa.

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