"220 desencapado
Sei que sou um desastre em potencial
De mão na cintura você me pergunta
se vai ficar mais alto o meu baixo-astral"
(Herbert Vianna)
Quando me sinto triste
as palavras vêm me visitar,
ficam farfalhando em volta de mim
E eu me faço de inocente,
fico quase imóvel,
analisando cada uma delas
E de repente eu acendo a luz,
pego caneta e papel
e as capturo, uma a uma, na folha
Isso me satisfaz, me alivia a alma,
me dá um prazer indizível...
Hoje eu acordei dissonante,
minhas sensações estavam esquisitas
minhas intenções, desafinadas
Comecei a trazer à memória
cenas que eu nunca vi,
que não me pertencem e que só me envenenam
Dei vida aos mortos
Provoquei os meus sentidos com questões sem sentido algum
Hoje eu preparei meu próprio veneno
e o bebi pausadamente,
sentindo-o descer vida abaixo,
estourando cada célula do meu sossego
Hoje eu me entristeci
por ver minhas fraquezas expostas a mim mesma,
por sentir medo de fantasmas (que absurdo!)
[Dizem que eu sou o cisne que ainda não se viu refletido
nas águas do lago e que ainda acredita ser o patinho feio]
Entretanto, o que fica disso tudo
são as palavras presas aqui na tela do computador
e a minha alma bailando leve outra vez...
(Aah... já começo a esboçar o meu melhor sorriso...
Que bela paisagem é a minha vida!)
Sei que sou um desastre em potencial
De mão na cintura você me pergunta
se vai ficar mais alto o meu baixo-astral"
(Herbert Vianna)

as palavras vêm me visitar,
ficam farfalhando em volta de mim
E eu me faço de inocente,
fico quase imóvel,
analisando cada uma delas
E de repente eu acendo a luz,
pego caneta e papel
e as capturo, uma a uma, na folha
Isso me satisfaz, me alivia a alma,
me dá um prazer indizível...
Hoje eu acordei dissonante,
minhas sensações estavam esquisitas
minhas intenções, desafinadas
Comecei a trazer à memória
cenas que eu nunca vi,
que não me pertencem e que só me envenenam
Dei vida aos mortos
Provoquei os meus sentidos com questões sem sentido algum
Hoje eu preparei meu próprio veneno
e o bebi pausadamente,
sentindo-o descer vida abaixo,
estourando cada célula do meu sossego
Hoje eu me entristeci
por ver minhas fraquezas expostas a mim mesma,
por sentir medo de fantasmas (que absurdo!)
[Dizem que eu sou o cisne que ainda não se viu refletido
nas águas do lago e que ainda acredita ser o patinho feio]
Entretanto, o que fica disso tudo
são as palavras presas aqui na tela do computador
e a minha alma bailando leve outra vez...
(Aah... já começo a esboçar o meu melhor sorriso...
Que bela paisagem é a minha vida!)