Os
laços de cetim que nos uniam
são
como arames farpados perfurando meus pulsos.
Tuas
mãos a me tocar
são
como pregos rabiscando minha pele.
Quando
me beijas,
sinto
cacos de vidro ferindo meu rosto.
Nosso
palácio encantado ficou mal-assombrado.
Nossos
cachorrinhos já não me reconhecem e,
como
lobos famintos, me atacam.
Teus
presentes já não me compram.
Em
tuas palavras eu não presto mais atenção.
Tua
respiração me cansa.
Tua existência
me ofende.
Parece
que chegamos ao fim...