Um prato maravilhoso, um poema
belíssimo, uma música de chorar… O que essas coisas têm em comum? Elas são
resultados de escolhas e de habilidades. E de sensibilidades. E de intuições…
Um prato maravilhoso não passa de
uma combinação de ingredientes, assim como um poema belíssimo não passa de uma
combinação delicada de palavras, assim como uma música de chorar não passa de
uma combinação intuitiva de acordes…
A vida é um conjunto de escolhas.
As pessoas são resultados de suas escolhas.
Escolher a roupa que vai ser
vestida, escolher por qual caminho passar… escolher a temperatura das palavras
a serem ditas, escolher o sabor que quer sentir nas situações vividas… escolher
as pessoas que irão permanecer na nossa vida e as que dela serão banidas… escolhas… das mínimas às decisivas, tudo são
escolhas, o tempo todo, escolhas.
E a gente escolhe tanto se quer
ter tempero, se vai possuir ricas entrelinhas e lindos acordes quanto escolhe
que tipo de comida vai comer, que poesia vai devorar e a que música vai se entregar…
O coração humano é uma
obra-prima, assim como um prato de comida, uma poesia ou uma música. Entretanto,
há pessoas que não têm tempero, são como comidas insossas. Há pessoas nas quais
não cabe o mínimo de subjetividade, são rasas. Há pessoas desafinadas, não
passam de músicas inexpressivas…
Então, há ocasiões em que fazer
jejum, fechar os olhos e mergulhar no silêncio são a escolha mais inteligente. Isso
pode até parecer solidão, mas tem mais a ver com sabedoria.