Por fora sou Sol


Diz-me o quanto de ventania
há dentro de meu coração,
onde nada permanece repousado?
Se por fora sou calmaria,
por dentro sou revoada
Hoje colhi uma lágrima, mas eu sorria
_acredita que eu sorria?_ pois eu sorria
Abracei enquanto carecia ser abraçada
Acalmei e eu só precisava ser consolada
Dei vida quando me era urgente ser ressuscitada
E encorajei
[…]
encorajei imersa no medo de não ser amada
Diz-me o quanto de proteção
há dentro do meu coração,
onde nada sabe ver que a chuva não para?
Se por fora sou Sol, por dentro estou nublada
Sigo inspirando calmarias, sorrindo calada
Morrendo por dentro em irascíveis revoadas.

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