Que o amor nos absolva

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Eu não tinha a intenção
Apenas pousei meu olhos nos teus,
mas vi uma melancolia que me atraiu,
li uma sensibilidade que me completou
Encontrei, em tua alma,
a arte que a minha procurava
Nesse instante o contexto mudou,
teu valor se multiplicou
Nesse instante mostrou-se em mim a intenção
Foi nesse instante que te amei
e, numa límpida discrição, fui correspondida
Assim nasceu entre nós
um elo de silêncios e de entrelinhas
Há pouco nos conhecemos
e nossas almas já são cúmplices
As palavras não são palavras,
mas um amontoado de pretextos,
carregados de carinho e de encantamento
Num disfarce atordoante,
emitimos códigos e sinais e,
por dentro, sorrimos
Quando sinto a tua presença,
temo que ouças meus pensamentos,
contenho um vulcão impetuoso de música e poesia
Limito-me em atitudes cotidianas
para não tornar alheio o nosso segredo,
que pode ser maior
que o papel, o ouro e a história
E se isso for pecado,
que sejamos, então,
condenados por termos nos permitido
E nunca
por termos sido covardes.

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