Há um inconformismo que dói, seja na sua cidade natal, na metrópole onde você decide recomeçar ou na cidadezinha onde você arrisca um anonimato.
Com o tempo - e o mapa múndi nas mãos, aprendi que há um inconformismo que dói aqui dentro, não importa onde eu esteja, porque o que dói vai na bagagem, ainda que eu não escolha.
Isso me ensinou que vou recomeçar vidas, reescolher companhias e reaprender rotinas... a dor vai comigo, onde quer que eu esteja, porque do peso de ser eu, não me livro.
Isso soa poesia pra quem não compreende e sugere um pedido vazio de abraço em quem se dói.
Enquanto o propósito for desconhecido, nada fará sentido, nada será suficiente. Ser eu, ser você continuará a ser um peso na bagagem da vida.
E é da consciência do "porquê" - motivo de viver - que decorre o brilho da vida.
Sem esse porquê muito bem conhecido, a vida se resume à existência, a um mero respirar sem tocar na vida.
É imprescindível fazer muitas perguntas, questionar-se. Esse é o primeiro passo para a mudança. E sim, a gente só deixa de se acomodar ao que incomoda quando faz perguntas mas, sobretudo, quando insiste em encontrar as respostas. E elas estão aí dentro.
Mergulhe-se.
